Visando a qualidade de vida de todos os trabalhadores a ergonomia, ciência que visa avaliar as condições de serviço nas empresas, passou a ser obrigatória a partir da Norma Regulamentadora (NR) 17, presente na Consolidação de Leis do Trabalho (CLT). O principal objetivo da ergonomia é desenvolver e aplicar técnicas de adaptação do homem ao seu trabalho e formas eficientes e seguras de o desempenhar visando a otimização do bem-estar e, consequentemente, aumento da produtividade.
O fisioterapeuta do trabalho e ergonomista Fernando Sambugari Rodrigues explica que a norma obrigatória consiste em uma avaliação geral do ambiente de trabalho, desde acessibilidade até as condições oferecidas como a qualidade de mesas e cadeiras, além de uma pesquisa de satisfação dos funcionários. ”O ergonomista é contratado, faz o relatório e depois a empresa decide se vai ou não acatar tudo o que está descrito”, diz.
O especialista avisa que, embora o poder de decisão de cumprir ou não o que está no relatório seja do empresário, isso pode gerar multas. ”O Ministério do Trabalho faz avaliações constantes e se perceber que a empresa não cumpre com o disposto no relatório faz uma notificação e se não houver mundança de comportamento a empresa pode ser multada”, esclarece.
O fisioterapeuta atenta para o fato de que, embora a ergonomia seja obrigatória desde 1991, apenas na última década começou a ganhar espaço no meio empresarial. ”O estudo ergonômico pode trazer resultados interessantes e embora só agora esteja se popularizando entre os empresários, pode fazer toda a diferença”. aponta.
Fonte: Folha de Londrina, 26 de março de 2012