INTRODUÇÃO
O Pólo Moveleiro do Norte do Paraná destaca a região como um pólo importante neste segmento nacional, é o segundo maior em faturamento do país e está entre os que mais crescem.
A indústria de móveis reúne diversos processos de produção, envolve diferentes matérias-primas e uma grande diversidade de produtos finais. Ela é segmentada principalmente em função dos materiais com que os móveis são confeccionados (madeira, metal e outros) e os usos a que são destinados (em especial, móveis para residência e para escritório) (GORINE, 1998).
Quanto ao mercado interno e externo de móveis, este tem crescido substancialmente a partir da década de 90, segundo Meyer-Stamer (1999), mas continuam predominando pequenas e médias empresas na indústria moveleira.
Apesar do crescimento acirrado desse pólo, o ambiente e as condições de trabalho oferecidos aos funcionários não remetem esse panorama, visto que estes ainda trabalham em condições que estão longe de ser o ideal.
Neste sentido a ergonomia pode contribuir intensamente para melhorar estes locais, visto que é uma das mais importantes vertentes para a saúde ocupacional (RIO, 2001). Esta ciência estuda os diversos fatores que influem no desempenho do sistema produtivo procurando reduzir as suas conseqüências nocivas sobre o trabalhador (IIDA, 2005). Muitas decisões ergonômicas são tomadas em nível da administração superior da empresa, o que produz uma melhoria da segurança, satisfação, com redução de erros e acidentes, e melhoria da saúde e produtividade na empresa toda (IIDA, 2005).
Levando isso em consideração, o presente artigo tem como objetivo a realização de uma Análise Macroergonômica do Trabalho no setor de montagem de uma empresa moveleira situada na cidade de Cambé – PR, com a finalidade de promover a melhoria dos aspectos físicos, ambientais, organizacionais e interpessoais, visando uma maior qualidade de vida dos funcionários e, consequentemente, o aumento da produtividade da empresa.
METODOLOGIA
O estudo apresentado usou como método a Análise Macroergonômica do Trabalho (AMT), que consiste em uma avaliação com a participação dos funcionários durante todo o processo metodológico (GUIMARÀES, 2004).
Segundo o método proposto por Fogliatto e Guimarães (1999), foi realizada uma entrevista junto aos funcionários para a identificação de Demanda Ergonômica (IDE`s). Esta foi realizada individualmente e abrangeu 100% do setor, proporcionando posteriormente a elaboração de um questionário, o qual foi aplicado a todos os funcionários participantes da primeira etapa.
As questões da entrevista estavam relacionadas ao ambiente de trabalho em que desenvolviam suas funções, foi pedido para que eles citassem os problemas de maior importância e o que mais os incomodavam durante o trabalho.
Foi realizada a seguinte pergunta: “Cite três itens em ordem de importância do que mais te incomoda na realização de sua função?”.
A partir dos itens citados, foi realizada uma análise e posteriormente elaborado o questionário. As questões aplicadas foram baseadas nos IDE`s encontrados e foram respondidas pelos funcionários pela marcação de um “X” em uma escala contínua fornecida junto as perguntas. Essa escala continha 15 cm com duas âncoras, uma no início e outra no final da linha Stone et al. (1974). A Marcação teve como critério (0) insatisfação e (15) satisfação.
Para cada questão foi realizada a média aritmética, o que proporcionou chegar ao resultado final dessa etapa da pesquisa.
CONCLUSÃO
A ergonomia tem avançado bastante no cenário brasileiro, porém ainda não é reconhecida devidamente, visto que ainda é relacionada à custos e não à investimentos, que poderão se transformar em maior rentabilidade para a empresa.
Isso porque as análises e intervenções ainda são feitas de forma micro, neste caso melhorias são possíveis, mas se distanciam do ideal. O emprego da macroergonomia ainda é bastante restrito, diferente da ergonomia, ainda se encontra no âmbito acadêmico, o que leva a poucas intervenções dessa natureza realizada no país.
Sendo assim, pode-se verificar através deste trabalho que a empresa avaliada de uma forma global, com a participação efetiva dos funcionários pode trazer melhores resultados em relação à identificação das reais necessidades de um posto de trabalho e com isso realizar melhorias no ambiente, proporcionando melhor qualidade de laboral aos funcionários e, conseqüente, aumento de produtividade à empresa.
Também pode ser observado que durante a colaboração dos funcionários, estes se mostraram motivados a melhorar o seu local de trabalho, proporcionando assim, satisfação por estarem fazendo parte do processo de melhoria da empresa.
Foram expostos aos diretores da empresa todos os resultados obtidos e a sugestões de melhoria para que futuramente possam ser aplicados na mesma.
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